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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Viagem pela Europa (parte 14: Portugal final de viagem)


Olá! Nossa viagem por Portugal nos traz surpresas a cada novo dia…
Ao sairmos de Coimbra, fizemos uma paradinha em Condeixa-a-Nova, uma vila com prédios históricos, bom atendimento no Dpto. de Turismo (Sr. Luis), e gentil auxílio do Sr. Manoel (presidente da associação de autocaravanas) para encontrar estacionamento seguro.
262  Condeixa Nova 269
Almoçamos no mhome e seguimos mais 2km até chegarmos a Conímbriga, ruínas de cidade romana (e algumas pré-romanas), do séc I e II; ingressos por €6,00. Depois caminha-se, e muito, pelas trilhas indicadas ao lado das ruínas.
Surpreende a conformação da cidade, indicando que havia um núcleo e, ao longo dos anos foi aumentando, até os séculos IV-V, quando a cidade foi “desmanchada” para utilizar o material na muralha, e tentar manter o Império, o que não aconteceu.
Os locais denominados termas (ou casas de banho) com complexa rede de tubulação: entrada de água fria, passando parte por uma fornalha para aquecimento, com ramificações de mais quente ou morna e saídas de água usada.
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Uma das casas (Cantáber), tinha mais de 3 mil m2, sua prória terma e jardins. Ficamos imaginando quantas pessoas eram necessárias para manter a casa em funcionamento, bem como o tempo necessário para a construção, sem ferramentas atuais ou cimento e aço, apenas pedras encaixadas com alguma “cola” (cal, clara de ovos, óleos,…)
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Impressionam também os belíssimos mosaicos de piso, em bom estado, onde pode-se ter uma idéia da dificuldade em executar os desenhos, construidos com minúsculas pedrinhas coloridas.  Haveriam os pedreiros para retirá-las da jazida, o transporte, os talhadores para cortá-las pequenas e polidas, os projetistas dos desenhos, os construtores do piso, para executar os intricados e delicados desenhos com cortes e encaixes perfeitos,… Todos com conhecimento suficiente em seu mister.
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Negativamente, surpreendemo-nos também com o recente preenchimento de argamassa em espaços faltantes, danificando o conjunto, em clara demonstração de incompetência, irresponsabilidade e ignorância no trato da preservação histórica.  Ou seja, há dois mil anos, os artesãos souberam executar, com rudimentares ferramentas, e hoje, com toda a técnica atual, são incapazes de consertar!
Quanto à escavação para novos achados, na parte externa, observamos nas peças e  placas explicativas, que a maioria das descobertas ocorreu entre 1930 e 1950, pouca atividade entre 1970 e 1980 e, a partir daí, praticamente nada. Fizeram recentemente alguma pesquisa em peças já retiradas e outras já em acervo. Infelizmente encontramos belos monólitos esculpidos jogados no mato. Uma pena, pois a cada dia, perde-se séculos de história.
Após as 16h seguimos viagem até Batalha, acesso confuso por decorrência de obras, mas chegamos ao estacionamento público (grátis) para autocaravanas (N39º39’41” E08º49’31”), que fica a apenas 2 quadras do Mosteiro e de um bom Supermercado (Pingo Doce). Lá, mhomes de vários países: Inglaterra, Holanda, França, Alemanha, Espanha, Suíça, Bélgica,.. e nós brasileiros..
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Este estacionamento, assim como outros que ficamos (pagos ou públicos), possuem regras básicas e importantes: não se pode ficar mais de 48h (tempo suficiente para conhecer a cidade); ao usar os serviços deve-se deixar a área limpa para o próximo usuário; não é permitido tirar cadeiras, mesas, abrir toldos, etc.; não é permitido ficar conectado à luz ou água: abastece-se e estaciona-se nas vagas, disponibilizando os serviços para outros.
Novo dia e fomos conhecer o Mosteiro  de Santa Maria da Vitória ou Mosteiro da Batalha.  €9,00 ingressos mais €1,00 para folheto explicativo.
O colossal Mosteiro foi mandado construir por D. João I para cumprir uma promessa à Nossa Senhora, (agosto de 1385), quando pediu para vencer as tropas espanholas em maior número. Vencida a batalha, mandou iniciar as obras (1386), que prolongaram-se até meados do séc. XVI, no reinado de D. Manoel I.
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Tudo é imenso, (San some nas fotos!) como a nave central com seus 32,5m de altura (um prédio de 11 pavimentos cabe dentro!); com detalhes delicados, como os túmulos de D. João I e esposa D. Filipa; suntuoso, como as Capelas Inacabadas.  Infelizmente, necessita de urgente recuperação e limpeza, atenção e cuidado, pois que fizeram algumas limpezas localizadas, com produto corrosivo que comprometeu  belas esculturas…
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Ficamos toda a manhã admirando a magnífica obra, almoçamos no mhome e voltamos à tarde para mais uma visita e fotos.  Assistimos lá a um lindo flme sobre Portugal, de norte a sul, cidades belíssimas e paisagens deslumbrantes…
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Ficamos toda a manhã admirando a magnífica obra, almoçamos no mhome e voltamos à tarde para mais uma visita e fotos.  Assistimos lá a um lindo flme sobre Portugal, de norte a sul, cidades belíssimas e paisagens deslumbrantes…
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À tardinha, fomos ao mercado comprar algumas guloseimas, e descobrimos que a atendente do café era de Minas Gerais. Voltamos para o mhome e muitos “vizinhos” haviam mudado, outra vantagem dos estacionamentos.
No dia seguinte já seguimos para Alcobaça, onde visitamos o importante Mosteiro de Alcobaça. Semelhante ao de Batalha, €9,00 ingressos mais €1,00 para folheto explicativo!
O Mosteiro de Alcobaça foi o primeiro monumento integralmente gótico do país e o segundo panteão da monarquia. As obras teriam iniciado em 1178, em etapas, o que pode ser notado pelas diferenças entre pilares, tanto no formato como na distância entre eles. O local, no encontro dos rios Alcoa e Baça, pode ter  originado nome.
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Foram-se adicionando obras, como claustro, capela, sala do capítulo, refeitório e, no séc. XIV fechou-se o panteão dinástico, com a deposição dos túmulos (belíssimos) de D. Pedro e D. Inês de Castro, para ficar na memória o amor trágico que uniu o casal.
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Assim como outros locais que visitamos, o templo foi invadido pelas tropas napoleônicas em 1811, os túmulos foram arrombados (em busca de jóias), boa parte do prédio foi saqueada e incendiada (deceparam cabeças de imagens).  Merece mais atenção e cuidado que o mosteiro anterior, pois este está ainda mais deteriorado.
Um espaço que chamou a atenção pela sua grandiosidade foi a cozinha, com imensas chaminés, várias pias, enorme mesa em mármore,… possuia água corrente, com as paredes e o teto azulejados!
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Após um passeio rápido pelo centro da cidadela, almoçamos no mhome e seguimos para Caldas da Rainha, seguindo indicações de estacionamento. Infeflizmente, localiza-se muito longe do centro e, apesar de 2 mhomes (nós e um francês) termos chamado e esperado, ninguém apareceu para atender.
Seguimos então para Óbidos, que possui estacionamento particular ao lado do Aqueduto, pertinho da cidade amuralhada (€6,00 para pernoite e serviços ou €2,00 para água e esgoto). Durante o dia, o estacionamento é gratuito.  Havia uns dez mhomes de vários países.
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Lá há uma guarita, com informações impressas, em vários idiomas, e um cartaz informando gentilmente que as regras são estas, se não concordar pode retirar-se. Mas se concordar, efetua-se o pagamento na abertura (caixa) ao lado! Uma aposta na honestidade dos usuários, sem ninguém para cobrar ou conferir.  Uma belíssima lição para nós, brasileiros…
Estacionamos e fomos caminhar na vila, tentar conseguir mapa e sua história. Mas nem tudo é excelente: nas informações turísticas, o atendente ao ser questionado apontou um painel com mapas e disse que todas as informações estavam ali.  Nada mais que a clara demonstração de sua inutilidade presente…
Enfim, pegamos um mapa e seguimos sempre pela Rua Direita (a menos inclinada), fotografamos igrejas e prédios antigos, até chegarmos no topo da cidadela amuralhada, onde há o Castelo (atualmente pousada). A vista da região é linda, as plantações de frutas variadas, as montanhas, as pequenas vilas ao redor.
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Ao voltar, compramos os gostosos pasteis de Tentugal e experimentamos o licor de Ginja (cereja), bem saboroso.
Aproveitamos o sol que dignou-se aparecer, no dia seguinte, e fomos caminhar pelo restante da vila, onde sempre se está subindo ou descendo. No miradouro auxiliamos com informações (in english) para 2 senhoras de Hong Kong. Ao sabê-las, parece que o mundo está muito pequeno..
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Quase meio-dia, chegamos no mhome, almoçamos e seguimos viagem. Em Torres Vedras paramos para abastecer em supermercado (€ 1,239/litro), muito barato.
Continuamos para Amomos (onde tínhamos indicação de camping), estrada com muitas curvas, estreita, movimentada, o GPS “doidinho” mandando dobrar em curvas esbeltas e ortogonais (San na frente, sinalizando!), descer quando a inclinação era exagerada para um mhome,…Enfim, após 20km em uma hora, finalmente chegamos ao camping, muito mal atendidos, fizemos meia volta e seguimos para Sintra, pois dormir na estrada seria melhor que ali.
Já em Sintra, seguimos indicação de estacionamento (em um Clube), avaliamos o grande movimento, local inconveniente, o trânsito ao redor, novamente acionamos a “chave mágica”e seguimos para Cascais, onde há indicação de camping da Orbitur.
Finalmente chegamos (passava das 18h), camping enorme, banheiros limpos, todos os serviços,  €16,60 (2 pessoas+mhome+internet+luz).  Fica pertinho do mar, mas não há passagem direta, é preciso caminhar uns mil metros.
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Muitos mhomes e trailers estacionados, além de muitas “mobil-homes”: pequenas e aconchegantes casas transportáveis em caminhões especiais, que as descarregam em terrenos apropriados. 
No sábado, optamos por descansar, organizamos mhome, lavamos roupas, acessamos internet, almoçamosno restaurante do Camping (salmão ótimo,  bacalhau nem tanto). 
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Domingo, dia de passear, fomos até Sintra: ônibus 415 (25 minutos) até o centro de Cascais. Depois o 417 até Sintra (40 minutos) e, para passear em Sintra, o ônibus turístico 434. Há um econômico bilhete (€10,00), válido para todo o dia, independente do número de viagens, que se pode adquirir no centro ou em alguns ônibus.
Após a longa jornada, chegamos a Sintra e claro, fomos à Informação Turística (mapas, preços, onde ir, etc.). A atendente foi grosseira conosco e, gentil com os turistas ingleses! Ali mesmo, compra-se os tickets para as visitas aos castelos; devido ao alto custo (alto mesmo), é preciso escolher bem o que visitar.
Optamos pelo Palácio da Pena e pelo Palácio Nacional de Sintra, que com todos os descontos (bilhete conjunto, maior de 65 anos) ficou em €40,50 (2 pessoas). Tivemos sorte e o ônibus 434 estava à porta, pronto para “subir” ao Palácio da Pena.
A primeira “aventura”: o ônibus tem dimensões normais, passa por ruas e vielas que mal cabe; se há pedestres na rua, ele buzina e pede para encaixarem-se em “nichos” para esta finalidade  Serra do Rio do Rastro/SC é moleza perto desta.  Ao chegar no Palácio da Pena há opção de ir de ônibus/transfer (mais  €4,00), ou a pé (uns 20 minutos de subida íngreme).
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Já no Palácio da Pena, surpreendidos com tal suntuosidade, rebuscado; ficamos imaginando como fizeram tal obra em tão difícil local. Os azulejos, móveis, paredes e tetos esculpidos. Uma bela visita, que merece de mais tempo (mas não se pode reentrar). Também a dica de ir cedo, logo na abertura, pois quanto mais tarde, mais lotado de turistas fica, gerando dificuldade em fotografar, visualizar…
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O Palácio da Pena foi comprado por D. Fernando II, em 1838, que era um antigo mosteiro do séc. XII, abalado pelo terremoto de 1755, sendo expoente máximo do Romanticismo em Portugal. Entre 1910-12, após a implantação da República, o palácio foi convertido em museu.
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Passava das 13h quando chegamos de volta ao centro para lanchar. Encontramos simpática bagueteria, mas infelizmente, com poucos lugares para sentar.
Depois da “restauração alimentar” (como dizem aqui), fomos ao museu do Brinquedo (lembramos da colega  Rossana). Um acervo com mais de 60 mil  antigos brinquedos: carrinhos, soldadinhos, bonecas, motores à vapor, barcos, triciclos, bichinhos, playmobil, e claro, máquininhas de costura.  (www.museu-do-brinquedo.pt) Conversamos com proprietários do museu, trocamos informações e idéias, e depois continuamos o passeio.
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O Palácio Nacional de Sintra foi a próxima visita, com a curiosa Sala dos Brasões (encontramos os de nossos ancestrais portugueses), a cozinha com as imensas chaminés, a sala dos cisnes, a “casa” dos banhos.
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Na hora de lanche, por indicação da prima Suzy, fomos comer o doce Travesseiro, na Confeitaria da Piriquita. Muito delicioso!  O local é aconchegante, estava lotado, com ótimo atendimento.   Reanimados com o doce, começamos a longa “jornada” de volta para o camping, onde chegamos após as 18h...
Novo dia e seguimos viagem, esta mais curta, até Lisboa (30km). Fomos pela beira-mar (lindíssima), passando por Cascais, Estoril, Algés, e depois pela IC17 (circunvalação) até o camping Monsanto.
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Já no excelente camping de Lisboa (Monsanto), fomos almoçar “fora”, na mesa ao lado do mhome. Este é um dos raros campings que possui os serviços (água e energia) ao lado de cada mhome.
Lisboa sempre tem o que visitar e conhecer: fomos à Feira da Ladra (terças e domingos), onde encontra-se quase tudo. Depois visitamos a Igreja de São Vicente de Fora e, ao lado o Panteão Nacional.
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Voltamos para o centro onde almoçamos e à tarde visitamos a Catedral da Sé e seu claustro; e ainda fizemos um passeio de barco pelo Tejo, entre o cais do Terreiro do Paço e a localidade de Barreiros  por €10,20 (ida e volta, 2 pessoas); trajetos com 20 minutos de  cada, com belos visuais.
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Os barcos são grandes, modernos e confortáveis (600 passageiros). Com mais tempo, pode-se passear nas cidadezinhas, mas nós apenas  revalidamos a passagem e voltamos no barco seguinte.  Cansados, fomos de “elétrico” até a Pastelaria de Belém, onde comemos os deliciosos pastéis, desta vez com chocolate quente, na companhia de um simpático casal de brasileiros (Minas Gerais).
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Novo dia e mais passeio: Museu da Carris (€4,50), onde ficamos surpresos com a preservação e com a história dos bondes. Um magnífico acervo, com vários “elétricos”, desde os hipomóveis, até os ônibus ingleses dom dois pavimentos. O percurso entre os prédios é feito em um bonde antigo, com luxuosa decoração.

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Após o almoço, fomos visitar o parque e a Basílica da Estrela, suntuosa, com história interessante:  Em 1760, a princesa herdeira D. Maria Francisca, futura rainha D. Maria I, fez um voto no dia do seu casamento; tivesse um filho varão, construiria um convento para as religiosas Carmelitas Descalças. O filho nasceu no ano seguinte.
A obra é uma das brilhantes realizações do Barroco tardio, com inclusão de elementos já neoclássicos. A Basílica da Estrela é o próprio panteão da D. Maria I, a única rainha da Dinastia de Bragança que não está sepultada no Mosteiro de São Vicente de Fora.
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Após a visita, tomamos o bonde 28 e fizemos o percurso (longo) até o centro. Já cansados, depois o ônibus para voltar ao camping, com um caos no trânsito.
Nosso último dia com o mhome: lavar roupas, limpeza interna e externa, jogar fora alguns itens dispensáveis, arrumar as malas!. Foi um dia bastante cansativo, um complicador foi o clima: chuvisco, vento gelado, as vezes um raio de sol.
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Na sexta, levamos o mhome até a Camperline (16km) e após a conferência de diversos itens, recebemos a devolução da caução e estávamos liberados para seguir.
Tomamos táxi até o Hotel Holiday Inn Express Airport, onde já havíamos reservado. Hotel moderno, com boas instalações.  Porém, para acessar a internet é necessário pagar.  Fomos almoçar no centro e jantamos no hotel.
Depois, descansar, organizar bagagens para o embarque amanhã para o Brasil.   Em breve postaremos informações detalhadas (km percorrida, cidades visitadas, gastos totais, etc.).
Abraços e Até Logo...
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Um comentário:

Gracita disse...

Boa viagem de volta.

Fomos discriminados como vcs mas no Camping Monsanto, pq será que acontece isso em Portugal???
Beijão